* *

Translate

10 O Concerto de Deus com os Israelitas

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS 

Clique no Play para ouvir o Estudo

 

O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS

 

 

Dt 29.1 “Estas são as palavras do concerto que o SENHOR ordenou a Moisés, na terra de Moabe, que fizesse com os filhos de Israel, além do concerto que fizera com eles em Horebe.”

 

O CONCERTO NO MONTE SINAI (HOREBE).

Deus fez um concerto com Abraão e o renovou com Isaque e Jacó (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ). O concerto de Deus com os israelitas, feito ao sopé do monte Sinai (ver Êx 19.1 nota), abrange os dois princípios básicos tratados no estudo supra citado.

(1) Unicamente Deus estabelece as promessas e compromissos  do seu concerto, e

(2) aos seres humanos cabe aceitá-los com fé obediente. A diferença principal entre este concerto e o anterior é que Deus fez um sumário das respectivas promessas e responsabilidades do concerto antes da sua ratificação (Êx 24.1-8).

(1) As promessas de Deus, neste concerto, eram basicamente as mesmas que foram feitas a Abraão (ver Êx 19.1 nota). Deus prometeu

(a) que daria aos israelitas a terra de Canaã depois de libertá-los da escravidão no Egito (Êx 6.3-6; 19.4; 23.20, 23), e

(b) que Ele seria o seu Deus e que os adotaria como o seu povo (Êx 6.7; 19.6; ver Dt 5.2 nota). O alvo supremo de Deus era trazer ao mundo o Salvador através do povo do concerto.

(2) Antes de Deus cumprir todas essas promessas, Ele requereu que os israelitas se comprometessem a observar as suas leis declaradas quando eles estavam acampados no monte Sinai. Depois de Deus revelar os dez mandamentos e muitas outras leis do concerto (ver o estudo A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO),  os israelitas juraram a uma só voz: “Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos” (Êx 24.3). Sem essa promessa solene de aceitarem as normas da lei de Deus, o concerto entre eles e o Senhor não teria sido confirmado (ver Êx 24.8 nota).

(3) Essa resolução de cumprir a lei de Deus, continuou como uma condição prévia do concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do Senhor e no oferecimento dos sacrifícios determinados por Deus no concerto é que Israel continuaria como a possessão preciosa de Deus e igualmente continuaria a receber as suas bênçãos. Noutras palavras, a continuação da eleição de Israel como o povo de Deus dependia da sua obediência ao seu Senhor (ver Êx 19.5, nota).

(4) Deus também estipulou claramente o que aconteceria se o seu povo deixasse de cumprir as obrigações do concerto. O castigo pela desobediência era a destruição daquele povo, quer por banimento, quer por morte (ver Êx 31.14,15). Trata-se de uma repetição da advertência de Deus, dada por ocasião do êxodo, i.e., aqueles que não cumprissem as suas instruções para a Páscoa seriam excluídos do povo (Êx 12.15, 19; 12.15 nota). Essas advertências não eram fictícias. Em Cades, por exemplo, quando os israelitas se rebelaram, incrédulos, contra o Senhor e se recusaram a entrar em Canaã, por medo dos seus habitantes, Deus se irou com eles e, como castigo, fê-los peregrinar no deserto durante trinta e nove anos; ali, morreram todos os israelitas com mais de vinte anos de idade (exceto Calebe e Josué, ver Nm 13.2614.39; 14.29 nota).

O castigo pela desobediência e incredulidades deles foi a perda do privilégio de habitar na terra do repouso, por Deus prometido (cf Sl 95.7-11; Hb 3.9-11,18).

(5) Deus não esperava de seu povo uma obediência perfeita, e sim uma obediência sincera e firme. O concerto já reconhecia que, às vezes, devido às fraquezas da natureza humana, eles fracassariam (ver 30.20 nota). Para remi-los da culpa do pecado e reconciliá-los consigo mesmo, Deus proveu o sistema geral de sacrifícios e, em especial, o Dia Anual da Expiação (ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO). O povo podia, assim, confessar seus pecados, oferecer os diversos sacrifícios, e deste modo reconciliar-se com o seu Senhor. Todavia, Deus julgaria severamente os desobedientes, a rebeldia e a apostasia deliberada. ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO

(6) No seu concerto com os israelitas, Deus tencionava que os povos doutras nações, ao observarem a fidelidade de Israel a Deus, e as bênçãos que recebiam, buscassem o Senhor e integrassem a comunhão da fé (ver 4.6 nota). Um dia, através do Redentor prometido, um convite seria feito às nações da terra para participarem dessas promessas. Assim, o concerto tinha um relevante aspecto missionário.

 

O CONCERTO RENOVADO NAS PLANÍCIES DE MOABE.

Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu durante seus trinta e nove anos de peregrinação no deserto, Deus chamou uma nova geração de israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante a renovação do concerto com Ele. Para uma conquista bem-sucedida da terra de Canaã, necessário era que eles se comprometessem com esse concerto e que tivessem a garantia que o Senhor Deus estaria com eles.

(1) Essa renovação do concerto é o enfoque principal do livro de Deuteronômio (ver introdução). Depois de uma introdução (1.1-5), Deuteronômio faz um resumo histórico de como Deus lidou com seu povo desde a partida do Sinai (1.6 4.43). Repete as principais condições do concerto (4.44 26.19), relembra aos israelitas as maldições e as bênçãos do concerto (27.1 30.20) e termina com as providências para a continuação do concerto (31.1 33.29). Embora o fato não seja mencionado especificamente no livro, podemos ter como certo que a nação de Israel, à uma só voz, deu um caloroso “Amém” às condições do concerto, assim como a geração anterior fizera no monte Sinai (cf. Êx 24.1-8; Dt 27; 29.10-14).

(2) O conteúdo básico desse concerto continuou como o do monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de Deuteronômio é que, se o povo de Deus obedecesse a todas as palavras do concerto, teria a bênção divina; em caso contrário, teria a maldição divina (ver especialmente 27—30). A única maneira deles e seus descendentes permanecerem para sempre na terra de Canaã era guardarem o concerto, amando ao Senhor (ver 6.5 nota) e obedecendo à sua lei (30.15-20).

(3) Moisés ordenou ao povo que periodicamente relembrasse o concerto feito. Cada sétimo ano, na Festa dos Tabernáculos, todos os israelitas deviam comparecer ao lugar que Deus escolhesse. Ali, mediante a leitura da lei de Moisés, eles relembrariam do concerto de Deus com eles, e também, mediante a renovação da promessa, de cumprir o que ouviam (31.9-13).

(4) O AT registra vários exemplos notáveis dessa lembrança e renovação do concerto. Após a conquista da terra, e pouco antes da morte de Josué, este conclamou todo o povo com esse propósito (Js 24). A resposta do povo foi clara e inequívoca: “Serviremos ao SENHOR, nosso Deus, e obedeceremos à sua voz” (Js 24.24). Diante disso: “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo” (Js 24.25). Semelhantemente, Joiada dirigiu uma cerimônia de renovação do concerto, quando Joás foi coroado (2Rs 11.17), e assim fizeram também Josias (2Rs 23.1-3), Ezequias (cf. 2Cr 29.10) e Esdras (Ne 8.1—10.39).

(5) A chamada para relembrar e renovar o concerto é oportuna hoje. O NT é o concerto que Deus fez conosco em Jesus Cristo. Lembramos do seu concerto conosco quando lemos e estudamos a sua revelação contendo suas promessas e preceitos, quando ouvimos a exposição da Palavra de Deus e, mais especificamente, quando participamos da Ceia do Senhor (ver 1Co 11.17-34). Na Ceia do Senhor, também renovamos nosso  compromisso de amar ao Senhor e de servi-lo de todo o nosso coração (ver 1Co 11.20 nota).

 

 

TEXTOS UTILIZADOS NESTE ESTUDO - * Clique na seta para baixo e deixe um comentário

 

19.1 DESERTO DE SINAI. O cap. 19 relata como Deus estabeleceu seu concerto com o povo de Israel no monte Sinai. É uma continuação do concerto de Deus com Abraão e com seus descendentes (ver Gn 15.6,18 notas; 17.7 nota; 22.18 nota).

(1) Esse concerto baseava-se na reconciliação de Israel com Deus, já ocorrida, e na sua comunhão contínua com Ele. Definia as condições segundo as quais Israel continuaria sendo a possessão preciosa e querida de Deus, continuaria na sua bênção e executaria a sua vontade para a nação (ver Gn 12.2,3; 26.4).

(2) O desígnio de Deus era que Israel fosse um povo ímpar, escolhido e separado para Ele, para o propósito já mencionado. O povo devia corresponder em obediência e gratidão a Deus e procurar obedecer aos seus mandamentos, além de oferecer os sacrifícios determinados no concerto com Deus. Como resultado, os israelitas continuariam sendo o povo especial de Deus (cf. Am 3.2; 9.7) um reino de sacerdotes, santos e puros (ver v. 6 nota; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).

Êx 24.1-8 Deus manda Moisés e os anciãos subir o monte

1Depois, disse a Moisés: Sobe ao Senhor, tu e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e inclinai-vos de longe. 2E só Moisés se chegará ao Senhor; mas eles não se cheguem, nem o povo suba com ele. 3Vindo, pois, Moisés e contando ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos, então, o povo respondeu a uma voz. E disseram: Todas as palavras que o Senhor tem falado faremos. 4E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel; 5e enviou certos jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos e sacrificaram ao Senhor sacrifícios pacíficos de bezerros. 6E Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. 7E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos e obedeceremos. 8Então, tomou Moisés aquele sangue, e o espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras.

Êx 6.3-6; 19.4; 23.20, 23

Êx 6.3-6 - 3E eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso; mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido. 4E também estabeleci o meu concerto com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra de suas peregrinações, na qual foram peregrinos. 5E também tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios escravizam, e me lembrei do meu concerto. 6Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, vos livrarei da sua servidão e vos resgatarei com braço estendido e com juízos grandes.

Ex 19.4 Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;

Ex 23.20 Eis que eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. 23Porque o meu Anjo irá diante de ti e te levará aos amorreus, e aos heteus, e aos ferezeus, e aos cananeus, e aos heveus, e aos jebuseus; e eu os destruirei.

Ex 5.2 CONCERTO.

A salvação de Israel era uma dádiva de Deus, concedida consoante o compromisso de Deus segundo o concerto feito, de que Ele adotaria Israel como seus filhos e filhas a fim de cuidar deles e abençoá-los, para que tivessem vida longa na terra que Deus lhes dera (4.40). Em grato reconhecimento, Israel devia aceitar Deus como seu Senhor, para adorá-lo, amá-lo, honrá-lo e obedecer-lhe com fé viva. Para uma exposição do concerto de Deus com Israel, ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ e O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS, para uma exposição do concerto do crente, em Cristo, ver Lc 22.20 nota, e o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO

Ex 24.8 O SANGUE DO CONCERTO.

O concerto foi selado em Israel mediante a aspersão do sangue, o que indica que os sacrifícios expiadores eram necessários para manter o relacionamento entre o povo e Deus. (1) O sangue significava a purificação e o perdão conseguidos mediante uma vida sacrificada a Deus; tal sacrifício abria o caminho à reconciliação com
Deus e à obediência que procede da fé, por parte do povo (Rm 1.5; Hb 9.19,20). (2) O significado pleno do sangue do concerto é visto quando Cristo derramou seu sangue na cruz e estabeleceu o novo concerto (Mc 14.24; Hb 9.11-18). Sua morte sacrificial purifica o crente do pecado, à medida que ele procura andar em santidade (1 Jo 1.7 2.2). (3) A obediência e o sangue (vv. 7,8) sempre devem andar juntos, para que haja aceitação do povo por Deus, e de igual modo a sua consagração a Deus. Somente depois que os israelitas se comprometeram a obedecer a Deus, através do sangue expiador é que puderam participar das bênçãos do concerto (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS). O apóstolo Pedro, na mesma linha de pensamento, declara que somos eleitos... para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo (1 Pe 1.2)

Ex 19.5 SE DILIGENTEMENTE OUVIRDES A MINHA VOZ.

A eleição contínua de Israel como o povo de Deus dependia da condição prévia desse povo obedecer-lhe como seu Senhor. Este fato aparece na forma condicional se... então deste versículo. E Deus esperava que essa obediência, tão essencial para Ele cumprir seus propósitos futuros para com o seu povo (vv. 5,6), partisse de corações cheios de gratidão, reconhecendo o seu amor e cuidado por eles, revelados principalmente quando Ele os redimiu do Egito (ver nota anterior; ver Dt 6.5 nota). O princípio da obediência a Deus é também um elemento essencial em nosso relacionamento com Cristo, no novo concerto (ver Jo 8.31; 14.21; Rm 4.12; Hb 3.7-19).

Êx 12.15, 19; 12.15 nota

Ex 12.15 Sete dias comereis pães asmos; ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.

19Por sete dias não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra.

Ex 12.15 AQUELA ALMA SERÁ CORTADA. A rejeição intencional e deliberada dos preceitos de Deus resultava em julgamento divino (v. 19). O culpado era excluído do povo do concerto, ou pela morte (31.14), ou pela expulsão. Semelhantemente,sob o novo concerto, quem pertence ao povo de Deus e rejeita o senhorio de Cristo, escolhendo deleitar-se no fermento do pecado, está excluído da graça e salvação em Cristo (ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL)

Nm 14.29 CAIRÁ O VOSSO CADÁVER.

O NT declara explicitamente que Deus ordenou seu julgamento sobre Israel por sua desobediência e incredulidade, para que isso servisse de advertência a todos os crentes (1 Co 10.11). (1) Os israelitas tiveram a pregação das boas novas (Hb 4.6), foram redimidos pelo sangue (Êx 6.6; 12.13), cruzaram o mar Vermelho (Êx 14.22), foram batizados (cf. Êx 14.19,29,30 com 1 Co 10.2), desfrutaram de alimento espiritual (1 Co 10.3), participaram de bebida espiritual, as águas vivas de Cristo (Êx 17.6; 1 Co 10.4) e foram guiados pelo Espírito Santo (11.17,25). (2) Apesar de ter sido redimido e de ter sido alvo da graça de Deus, o povo murmurou contra Ele (vv. 2,27), endureceu o coração (Hb 3.8), rebelou-se contra seu Senhor (vv. 2,9), desconsiderou o Senhor e recusou-se a ouvir a sua voz (vv. 11,23), tentou ao Senhor (v. 22), deixou de obedecer aos seus mandamentos (v. 41) e desviou-se de seguir o Senhor (v. 43). (3) Consequências da desobediência dos israelitas. Veio sobre eles a ira de Deus (1 Co 10.5-10; Hb 3.10,17), a morte e a destruição (vv. 29,35), deixaram de entrar na terra de Canaã (vv. 22,23), perderam o direito ao repouso com Deus (Sl 95.7-11; Hb 3.11,18; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS). (4) Considerando o fracasso de Israel no deserto, temos para os crentes em Cristo a seguinte exortação: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo" (Hb 3.12), e por isso deixar de "entrar naquele repouso", i.e., o céu (Hb 4.11)
 

Sl 95.7-11; Hb 3.9-11,18

Sl 95 - O salmista convida a louvar e celebrar ao Senhor  - 1Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação! 2Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos. 3Porque o Senhor é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses. 4Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. 5Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. 6Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. 7Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz, 8não endureçais o coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto, 9quando vossos pais me tentaram; provaram-me e viram a minha obra. 10Quarenta anos estive desgostado com esta geração e disse: é um povo que erra de coração e não tem conhecimento dos meus caminhos. 11Por isso, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.

Hb 3.9-11,18 - 9onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras. 10Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos. 11Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.  18E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?

Dt 30.20 AMANDO AO SENHOR, TEU DEUS. A lei ordenava aos israelitas que mantivessem o seu relacionamento com Deus, amando-o e obedecendo à sua voz (ver 6.5 nota). Para expressarem essa obediência, precisavam reconhecer sua incapacidade de cumprir a lei, oferecendo sacrifícios expiatórios por seus pecados (ver Lv 1.2 nota; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO). A vida e a salvação nunca foram prometidas como recompensa por uma perfeita obediência. A lei pressupunha a imperfeição da fé e da obediência do povo de Deus, e por isso proveu o sistema sacrificial que expiava o pecado. A esperança suprema de Israel estava na misericórdia e graça de Deus.
 

Dt 4.6 POVOS. Uma razão importante para Israel permanecer fiel à lei de Deus era a de atrair outros povos para o Senhor, demonstrando a sabedoria e as bênçãos de seguir seus caminhos (vv. 5-8). Assim como Israel, os crentes do NT são a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa e a propriedade particular de Deus ? povo esse chamado para anunciar as virtudes de Deus e o seu senhorio (1 Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10).

Dt 1.1-5 O discurso de Moisés na planície do Jordão

1Estas são as palavras que Moisés falou a todo o Israel, dalém do Jordão, no deserto, na planície defronte do mar de Sufe, entre Parã, e Tofel, e Labã, e Hazerote, e Di-Zaabe. 2Onze jornadas há desde Horebe, caminho da montanha de Seir, até Cades-Barnéia. 3E sucedeu que, no ano quadragésimo, no mês undécimo, no primeiro dia do mês, Moisés falou aos filhos de Israel, conforme tudo o que o Senhor lhe mandara acerca deles, 4depois que feriu a Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei. 5Dalém do Jordão, na terra de Moabe, começou Moisés a declarar esta lei, dizendo:

Êx 24.1-8; Dt 27; 29.10-14
Ex 24.1-8 - Deus manda Moisés e os anciãos subir o monte

1Depois, disse a Moisés: Sobe ao Senhor, tu e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e inclinai-vos de longe. 2E só Moisés se chegará ao Senhor; mas eles não se cheguem, nem o povo suba com ele. 3Vindo, pois, Moisés e contando ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos, então, o povo respondeu a uma voz. E disseram: Todas as palavras que o Senhor tem falado faremos. 4E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel; 5e enviou certos jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos e sacrificaram ao Senhor sacrifícios pacíficos de bezerros. 6E Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. 7E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos e obedeceremos. 8Então, tomou Moisés aquele sangue, e o espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras.

Dt 27 - Leia o Texto na Bíblia

Dt 29.10-14

10Vós todos estais hoje perante o Senhor, vosso Deus: os cabeças de vossas tribos, vossos anciãos, os vossos oficiais, todo o homem de Israel, 11os vossos meninos, as vossas mulheres e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador da tua lenha até ao tirador da tua água; 12para que entres no concerto do Senhor, teu Deus, e no seu juramento que o Senhor, teu Deus, hoje faz contigo; 13para que hoje te confirme por seu povo, e ele te seja a ti por Deus, como te tem dito e como jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó. 14E não somente convosco faço este concerto e este juramento,

Dt 6.5 nota

6.5 AMARÁS... O SENHOR, TEU DEUS. Deus anela comunhão com seu povo e lhe dá esse único e indispensável mandamento, que vincula esse povo a Ele mesmo. (1) Retribuindo o seu amor com amor, gratidão e lealdade (4.37), os israelitas o conhecerão, e nEle se deleitarão pelas provisões do concerto. (2) Deste mandamento, "o primeiro e grande mandamento", juntamente com o segundo mandamento: amar ao próximo (cf. Lv 19.18), depende toda a lei e os profetas (Mt 22.37-40). (3) A verdadeira obediência a Deus e aos seus mandamentos somente é possível quando brota da fé em Deus e do seu amor (cf. 7.9; 10.12; 11.1,13,22; 13.3; 19.9; 30.6,16,20; ver Mt 22.39 nota; Jo 14.15; 21.16; 1Jo 4.19).

2 Rs 23.1-3 - Josias ajunta todo o povo e renova o pacto do Senhor

1Então, o rei ordenou, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele. 2E o rei subiu à Casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, e todos os moradores de Jerusalém, e os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se achou na Casa do Senhor. 3E o rei se pôs em pé junto à coluna e fez o concerto perante o Senhor, para andarem com o Senhor, e guardarem os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o coração e com toda a alma, confirmando as palavras deste concerto, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por este concerto.

1Co 11.17-34

17Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. 18Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. 19E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. 20De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor. 21Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro embriaga-se. 22Não tendes, porventura, casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisso não vos louvo. 23Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. 25Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. 26Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. 27Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. 29Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. 30Por causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem. 31Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 32Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. 33Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. 34Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que vos não ajunteis para condenação. Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for ter convosco.

1Co 11.20 nota

11.20 A CEIA DO SENHOR. A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Sua importância relaciona-se com o passado, o presente e o futuro. (1) Sua importância no passado. (a) É um memorial (gr. anamnesis; vv. 24-26; Lc 22.19) da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da
condenação. Através da Ceia do Senhor, vemos mais uma vez diante de nós a morte salvífica de Cristo e seu significado redentor para nossa vida. A morte de Cristo é nossa motivação maior para não cairmos em pecado e para nos abstermos de toda a aparência do mal (1 Ts 5.22). (b) É um ato de ação de graças (gr. eucharistia) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (v. 24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19). (2) Sua importância no presente. (a) A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (10.16,17). Nessa ceia com o Senhor ressurreto, Ele, como o anfitrião, faz-se presente de modo especial (cf. Mt 18-20; Lc 24.35). (b) É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. kaine diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo (v. 25; Mt 26.28; Mc 14.24; Lc 22.20; ver o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO). (3) Sua importância no futuro. (a) A Ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29; 22.17,18,30). (b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo (v. 26) e encena a oração: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10; cf. Ap 22.20). Na Ceia do Senhor, toda essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade.

 

FINAL DO ESTUDO QUE DEUS O ABENÇOE - CLIQUE NA SETA PARA VOLTAR AO TOPO


 

 

Um comentário :