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20 O Sofrimento dos Justos

O SOFRIMENTO DOS JUSTOS

ESTUDOS DOUTRINÁRIOS 

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O SOFRIMENTO DOS JUSTOS

 

 

Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.”

 

A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 nota). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 nota). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.

 

POR QUE OS CRENTES SOFREM? São diversas as razões por que os crentes sofrem.

(1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva.

Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver nota). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).

(2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos (ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA).

A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.

(3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido.

Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8 nota). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

(4) Os crentes enfrentam ataques do diabo.

(a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver principalmente Jó 1—2).

Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver Ef 6.11 nota) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.

(b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10 nota). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).

(5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” (ver 1Co 2.16 nota).

Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21 nota). Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.41 nota), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 2Co 11.23 nota) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29).

Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai com os que choram” (Rm 12.15).

Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).

(6) Deus pode usar o sofrimento como catalisador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual.

(a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo.

(b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver Tg 1.2 nota); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3 nota; 1Pe 1.7 nota). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7).

(c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2Co 12.9 nota). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento.

(d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4 nota). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.

(7) Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA. O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

 

O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE.

(1) O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer.

Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus (cf. 1—2; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA, e A VONTADE DE DEUS). Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13).

(2) Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28 nota).

José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5 nota).

(3) Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).

 

VITÓRIA SOBRE O SOFRIMENTO PESSOAL.

Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para triunfar sobre tal situação?

(1) Primeiro: examinar as várias razões por que o ser humano sofre (ver seção 1, supra) e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez identificada a razão específica, você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”.

(2) Creia que Deus se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (ver Rm 8.36 nota; 2Co 1.8-10 nota; Tg 5.11 nota; 1Pe 5.7 nota). O sofrimento nunca deve fazer você concluir que Deus não lhe ama, nem rejeitá-lo como seu Senhor e Salvador.

(3) Recorra a Deus em oração sincera e busque a sua face. Espere nEle até que liberte você da sua aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).

(4) Confie que Deus lhe dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10). Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (ver 2Co 4.7 nota).

(5) Leia a Palavra de Deus, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (e.g., Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; 61; 91; 121; 125; 138).

(6) Busque revelação e discernimento da parte de Deus referente à sua situação específica — mediante a oração, as Escrituras, a iluminação do Espírito Santo ou o conselho de um santo e experiente irmão.

(7) Se o seu sofrimento é de natureza física, atente para os passos expostos no estudo A CURA DIVINA.

(8) No sofrimento, lembre-se da predição de Cristo, de que você terá aflições na sua vida como crente (Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap 21.4).

 

Textos Utilizados neste Estudo

At 28.16 CHEGAMOS A ROMA. Paulo tinha o desejo de pregar o evangelho em Roma (Rm 15.22-29), e era da vontade de Deus que ele assim o fizesse (23.11). Quando, porém, chegou ali, estava algemado e ainda assim depois dos reveses, tempestades, naufrágio e muitas outras provações. Embora Paulo fosse fiel, Deus não lhe proveu um caminho fácil e livre de problemas. Nós, da mesma forma, podemos estar na vontade de Deus, ser inteiramente fiéis a Ele, e mesmo assim sermos dirigidos por Ele através de caminhos desagradáveis, com aflições. No meio de tudo isso, sabemos, porém, que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).
2Tm 3.12 TODOS OS QUE PIAMENTE QUEREM VIVER... PADECERÃO PERSEGUIÇÕES. A perseguição, de uma ou de outra forma, é inevitável para quem deseja viver uma vida piedosa em Cristo (Mt 5.10-12; 10.22; At 14.22; Fp 1.29; 1 Pe 4.12; Mt 5.10 nota). A lealdade a Cristo, à sua verdade e aos seus padrões justos de vida, envolve uma resolução constante de não deturpar a nossa fé, nem ceder às inúmeras vozes que apelam ao crente a conformar-se com o mundo e deixar de lado a verdade bíblica. Por causa dos seus padrões religiosos, os fiéis serão privados de privilégios e vantagens, e serão ridicularizados; terão grande tristeza ao verem o cristianismo bíblico rejeitado pela maioria. Devemos todos perguntar a nós mesmos: já sofri perseguição por causa da minha firme resolução de viver segundo a vontade de Deus? Ou minha falta de sofrimento é um sinal de que não tenho posição firme pela justiça, pela qual Cristo morreu?
Rm 5.12 POR UM HOMEM ENTROU O PECADO NO MUNDO. Através da transgressão e queda de Adão, o pecado como princípio ou poder ativo conseguiu penetrar na raça humana (vv. 17,19;
Gn 3; 1 Co 15.21,22). (1) Duas consequências decorrem disso: (a) O pecado e a corrupção penetraram no coração e na vida de Adão; e (b) Adão transmitiu o pecado ao gênero humano,
corrompendo todas as pessoas nascidas a partir de então. Todos os seres humanos passaram a nascer propensos ao pecado e ao mal (v. 19; 1.21; 7.24; Gn 6.5,12; 8.21; Sl 14.1-3; Jr 17.9;
Mc 7.21,22; 1 Co 2.14; Gl 5.19-21; Ef 2.1-3; Cl 1.21; 1 Jo 5.19). (2) Paulo não explica como o pecado de Adão é transmitido aos seus descendentes. Nem diz que toda a humanidade estava
presente em Adão e que assim ela participou do seu pecado e por isso herda a sua culpa. Paulo não diz, em nenhum lugar, que Adão foi o cabeça coletivo dos seus descendentes, nem que o
pecado de Adão foi-lhes imputado. Todos são culpados diante de Deus por causa dos seus próprios pecados pessoais, porque "todos pecaram" (v. 12). O único ensino no tocante a isso, que
tem apoio bíblico, é que homens e mulheres herdam uma natureza moral corrupta, bem como a propensão para o pecado e o mal (ver 6.1 nota). (3) A morte entrou no mundo através do
pecado e por isso todos estão sujeitos à morte, "por isso que todos pecaram" (vv. 12,14; cf. 3.23; Gn 2.17; 3.19; ver o estudo A MORTE)
2Pe 2.8 AFLIGIA... A SUA ALMA JUSTA. Uma característica principal do homem de Deus é que ele ama a justiça e detesta a iniquidade (ver Hb 1.9 nota). Sua alma se angustia e se aflige (vv.
7,8) pelo pecado, imoralidade e impiedade reinantes no mundo (ver Ez 9.4 nota; Jo 2.13-17; At 17.16).
 
1Jo 5.19 TODO O MUNDO ESTÁ NO MALIGNO. Nunca compreenderemos adequadamente o NT a não ser que reconheçamos o fato subjacente nele de que Satanás é o deus deste mundo. Ele é o maligno, e o seu poder controla o presente século mau (cf. Lc 13.16; 2 Co 4.4; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14; ver Mt 4.10 nota; ver o estudo O REINO DE DEUS). (1) As Escrituras não ensinam que Deus hoje controla diretamente este mundo ímpio, cheio de gente pecaminosa, de maldade, de crueldade, de injustiça, de impiedade, etc. Deus não deseja, nem causa, de nenhuma maneira, todo o sofrimento que há no mundo; nem tudo quanto aqui ocorre procede da sua perfeita vontade (ver Mt 23.37; Lc 13.34; 19.41-44; ver o estudo A VONTADE DE DEUS). A Bíblia indica que atualmente o mundo não está sob o domínio de Deus, mas em rebelião contra seu governo e sob o domínio de Satanás. Por causa dessa condição, Cristo veio a morrer (Jo 3.16) e
reconciliar o mundo com Deus (2 Co 5.18,19). Nunca devemos afirmar que "Deus está no controle de tudo", a fim de nos esquivar-nos da responsabilidade de lutar seriamente contra o pecado, a iniquidade ou a mornidão espiritual. (2) Há, no entanto, um sentido em que Deus está no controle do mundo ímpio. Deus é soberano e, portanto, todas as coisas acontecem de acordo com sua vontade permissiva e controle ou, às vezes, através da sua ação direta, de conformidade com o seu propósito e sabedoria. Mesmo assim, na presente era da história, Deus tem limitado seu supremo poder e domínio sobre o mundo. Esta autolimitação é apenas temporária, porque no tempo determinado pela sua sabedoria, Ele destruirá toda a iniquidade e o próprio Satanás (Ap 19,20). Somente então é que "Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Ap 11.15)
Ef 6.11 A ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17 nota). (1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo, mediante a sua morte na cruz. Jesus travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14). (2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra espiritual que ele trava, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 8.13), (a) contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17 nota), (b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22; Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e (c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12 nota). O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE), repudiando os seus males (cf. Hb 1.9; ver o estudo O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo 5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7). (3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não por seu próprio poder (2 Co 10.3), mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18). (4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2 Tm 2.3), sofrer em prol do evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar (6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14), defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (6.11), ficar firme (v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34).
Mt 5.10 PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA. Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor à justiça sofrerão perseguição. (1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13). (2) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). Os princípios do reino de Deus nunca mudam: Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.
1Co 2.16 NÓS TEMOS A MENTE DE CRISTO. Ter a mente de Cristo significa conhecer sua vontade e seu plano e propósito redentor (vv. 9,10). Significa avaliar e considerar as coisas, da mesma maneira que Deus as vê, atribuir-lhes a importância que Deus lhes atribui, amar o que Ele ama e detestar o que Ele detesta (v.15; Hb 1.9). Significa entender o que é a santidade de Deus e a malignidade do pecado. Logo, receber o Espírito e segui-lo (v. 12) faz com que os valores e a cosmovisão do crente se tornem radicalmente diferentes do modus vivendi e da sabedoria deste mundo (cf. Fp 2.5-8).
1Pe 2.21 TAMBÉM CRISTO PADECEU... PARA QUE SIGAIS AS SUAS PISADAS. A maior glória e privilégio para qualquer crente é sofrer por Cristo e pelo evangelho (ver Mt 5.10 nota).
Sofrendo assim, o crente segue o exemplo de Cristo e dos apóstolos (Is 53; Mt 16.21; 20.28; At 9.16 nota; Hb 5.8). (1) O cristão deve estar disposto a sofrer (4.1; 2 Co 11.23), i.e., participar
dos sofrimentos de Cristo (4.13; 2 Co 1.5; Fp 3.10), e deve saber de antemão que o sofrimento fará parte do seu ministério (2 Co 4.10-12; cf. 1 Co 11.1). (2) O sofrimento por Cristo é
chamado sofrimento "segundo a vontade de Deus" (4.19), por amor do seu nome (At 9.16), pelo "evangelho" (2 Tm 1.8), "por amor da justiça" (3.14) e pelo "Reino de Deus" (2 Ts 1.5). (3)
Sofrer por Cristo é uma maneira de chegar à maturidade espiritual (Hb 2.10), de obter a bênção de Deus (4.14) e de ministrar vida ao próximo (2 Co 4.10-12). Compartilhar dos sofrimentos de
Cristo é uma condição prévia para ser glorificado com Cristo (Rm 8.17) e de alcançar a "glória" eterna (Rm 8.18). Nesse sentido, o sofrimento pode ser considerado um dom precioso de Deus
(Fp 1.29). (4) O crente, ao viver por Cristo e pelo evangelho, não deve motivar o sofrimento, mas deve estar disposto a suportá-lo por devoção a Cristo.
 
Lc 19.41 VENDO A CIDADE, CHOROU. Jesus, sabendo que os judeus e seus líderes aguardavam um Messias político e que por fim o rejeitariam como o Messias prometido por Deus, chora por eles, que em breve sofreriam um terrível juízo. A palavra chorou (gr. eklausen), aqui, significa mais do que derramar lágrimas. É lamentação, pranto, soluço e clamor de uma alma em agonia. Jesus, em sua deidade, não somente revela aqui seu sentimento, como também o coração partido do próprio Deus, por causa da condição do homem perdido e da sua recusa em arrepender-se e aceitar a salvação (ver Mc 11.9 nota).
2Co 11.23 OS SOFRIMENTOS DE PAULO. O Espírito Santo, através das palavras de Paulo, revela-nos a angústia e o sofrimento de uma pessoa totalmente dedicada a Cristo, à sua Palavra e à causa em prol da qual Ele morreu (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS). Paulo comungava com os sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o coração e os sofrimentos de Cristo. Seguem-se vinte formas da participação de Paulo nos sofrimentos de Cristo. Ele fala em: (1) "muitas tribulações" enfrentadas ao servir a Deus (At 14.22); (2) sua aflição no "espírito", por causa do pecado dominante na sociedade (At 17.16); (3) servir ao Senhor com "lágrimas" ( 2.4); (4) advertir a igreja "noite e dia com lágrimas", durante um período de três anos, por causa da perdição das almas, pela distorção do evangelho por falsos mestres, contrários à fé bíblica apostólica (At 20.31; ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES); (5) sua grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13); (6) a "grande tristeza e contínua dor" no seu coração, por causa da recusa dos seus "patrícios" em aceitarem o evangelho de Cristo (Rm 9.2,3; 10.1); (7) as muitas provações e aflições que lhe advieram por causa do seu trabalho para Cristo (4.8-12; 11.23-29; 1 Co 4.11-13); (8) seu pesar e angústia de espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja (2.1-3; 12.21; 1 Co 5.1,2; 6,8-10); (9) sua "muita tribulação e angústia do coração", ao escrever àqueles que abandonavam a Cristo e ao evangelho verdadeiro (2.4); (10) seus gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (5.1-4; cf. Fp 1.23); (11) suas tribulações "por fora e por dentro", por causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (7.5; 11.3,4); (12) o "cuidado" que o oprimia cada dia, por causa do
seu zelo por "todas as igrejas" (v.28); (13) o desgosto consumidor que sentia quando um cristão passava a viver em pecado (v.29); (14) o desgosto de proferir um "anátema" sobre aqueles que pregavam outro evangelho, diferente daquele revelado no NT (Gl 1.6-9); (15) suas "dores de parto" para restaurar os que caíam da graça (Gl 4.19; 5.4); (16) seu choro por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18); (17) sua "aflição e necessidade", pensando naqueles que podiam decair da fé (1 Ts 3.5-8); (18) suas perseguições por causa da sua paixão pela justiça e pela piedade (2 Tm 3.12); (19) sua lastimável condição ao ser abandonado pelos crentes da Ásia (2 Tm 1.15); e (20) seu apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14)
Tg 1.2 TENTAÇÕES. A palavra "tentações" (gr. peirasmos) refere-se, aqui, às perseguições e aflições que o crente sofre nesta vida da parte do mundo ou de Satanás. (1) O crente deve enfrentar essas provações com alegria (cf. Mt 5.11,12; Rm 5.3; 1 Pe 1.6), porque isso desenvolverá nele uma fé perseverante, uma personalidade experiente e uma esperança madura (cf. Rm 5.3-5). Nossa fé somente pode chegar à plena maturidade quando confrontada com dificuldades e oposição (vv. 3,4). (2) Tiago chama tais provações de "a prova da vossa fé" (v.3). Às vezes, as provações vêm sobre o crente a fim de que Deus possa testar a sinceridade da sua fé. Não há nada nas Escrituras dizendo que as aflições da vida são sempre uma evidência de que Deus está insatisfeito conosco. Podem ser um sinal de que Ele reconhece nossa firme dedicação a Ele (cf. Jó 1;2).
Dt 8.3 O HOMEM NÃO VIVERÁ SÓ DE PÃO. O Senhor enviou provações e aflições sobre o seu povo no deserto, a fim de ensiná-lo que a vida humana não consiste meramente nas coisas materiais, mas, que o bem-estar (tanto físico como espiritual) do ser humano depende do seu relacionamento com Deus e da obediência à sua palavra. O Senhor Jesus citou esse trecho ao enfrentar a tentação (Mt 4.4; cf. Gn 3.4 nota). Às vezes, o Senhor permite dificuldades em nossa vida como uma forma de, paternalmente, nos ensinar a depender dEle com mais confiança, e recebermos sua Palavra com maior interesse (vv. 4,5; cf. Hb 12.3-13).
1Pe 1.7 A PROVA DA VOSSA FÉ. O tema do sofrimento sobressai em toda esta epístola (2.19-23; 3.14-17; 4.1-4,12-19; 5.10). Devemos regozijar-nos nas nossas muitas provações (v. 6), porque permanecendo fiéis a Cristo em meio a elas, isso purificará a nossa fé e resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor Jesus. O Senhor considera nossa perseverança nas provações e nossa fé nEle preciosas e de valor inestimável por toda a eternidade.
Rm 5.3 NOS GLORIAMOS NAS TRIBULAÇÕES. Paulo alista "tribulações" como uma das bênçãos da salvação em Cristo. (1) A palavra "tribulação" refere-se a todos os tipos de provações que podem nos afligir. Isto inclui coisas como necessidades financeiras ou materiais, circunstâncias difíceis, tristeza, enfermidade, perseguição, maus tratos ou solidão (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS). (2) Em meio a estas aflições, a graça de Deus nos capacita a buscar mais diligentemente a sua face e produz em nós um espírito e caráter perseverantes, que vencem as provações e as aflições da vida. A tribulação, ao invés de nos levar ao desespero e à desesperança, produz a paciência (v. 3), a paciência produz a experiência (v. 4), e a experiência resulta numa esperança madura que não decepciona (v. 5). (3) A graça de Deus nos capacita a olhar além dos nossos problemas presentes, nossa ardente esperança em Deus e a certeza garantida da volta do nosso Senhor para estabelecer a justiça e a piedade no novo céu e nova terra (1 Ts 4.13; Ap 19-22). Entrementes, enquanto estivermos na terra, temos o amor de Deus derramado em nosso coração pelo Espírito Santo a fim de nos consolar em nossas provações e trazer até nós a presença de Cristo (Jo 14.16-23)
2Co 12.9 A MINHA GRAÇA TE BASTA. A graça é a presença, o favor e o poder de Deus em nossa vida. É uma força, um poder celestial outorgado àqueles que invocam a Deus. Essa graça descerá sobre o crente fiel que suportar suas fraquezas e dificuldades, por amor ao evangelho (Fp 4.13; ver o estudo FÉ E GRAÇA). (1) Quanto maior a nossa fraqueza e provações ao servirmos a Cristo, tanto mais graça Deus nos dará para cumprir a sua vontade. Aquilo que Ele nos outorga é sempre suficiente para vivermos nossa vida diária, para trabalharmos por Ele e para suportarmos nossos sofrimentos e "espinhos" na carne (cf. 1 Co 10.13). Enquanto estivermos perto de Cristo, Ele nos outorgará a sua força celestial. (2) Devemos gloriar-nos em nossas fraquezas e ver nelas valor eterno, porque elas fazem com que o poder de Cristo desça sobre nós e habite em nós, à medida que avançamos nesta vida em direção ao nosso lar celestial.
2Co 1.4 NOS CONSOLA EM TODA A NOSSA TRIBULAÇÃO. A palavra "consolar", aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição. Deus desempenha incomparavelmente esse papel, pois Ele envia aos seus filhos o Espírito Santo, que é chamado "O Consolador" (gr. Parakletos; ver Jo 14.16 nota). O apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste (Rm 8.35-39). Deus, às vezes, permite que haja aflições em nossa vida, a fim de que, tendo experimentado seu consolo, possamos também consolar outros nas suas aflições (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS)
Rm 8.28 TODAS AS COISAS CONTRIBUEM JUNTAMENTE PARA O BEM. Este trecho traz grande conforto ao filho de Deus, quando temos que enfrentar sofrimentos nesta vida. (1) Deus fará o bem surgir de todas as aflições, provações, perseguições e sofrimentos. O bem que Deus leva a efeito é conformar-nos à imagem de Cristo e, finalmente, levar a efeito a nossa glorificação (v. 29; ver os estudos A PROVIDÊNCIA DIVINA e O SOFRIMENTO DOS JUSTOS). (2) Essa promessa é limitada aos que amam a Deus e lhe são submissos mediante a fé em Cristo (cf. Êx 20.6; Dt 7.9; Sl 37.17; Is 56.4-7; 1 Co 2.9). (3) "Todas as coisas" não incluem os nossos pecados e nossa negligência (6.13; 6.16,21,23; Gl 6.8); isso quer dizer que ninguém pode alegar motivo para pecar, justificando que Deus fará resultar isso em bem
Hb 12.5 A CORREÇÃO DO SENHOR. Vejamos vários fatos a respeito da disciplina que Deus aplica aos crentes, e as dificuldades e aflições que Ele permite que soframos. (1) São um sinal de que somos filhos de Deus (vv. 7,8). (2) São uma garantia do amor e cuidado de Deus por nós (v. 6). (3) A disciplina do Senhor tem dois propósitos: (a) que não sejamos, por fim, condenados com o mundo (1 Co 11.31,32), e (b) que compartilhemos da santidade de Deus e continuemos a viver uma vida santificada, sem a qual nunca veremos o Senhor (vv. 10,11,14). (4) Há dois possíveis resultados da disciplina do Senhor. (a) Podemos suportar as adversidades, às quais Deus nos leva, submeter-nos à sua vontade e continuarmos fiéis a Ele (vv. 5,6). Fazendo assim, continuaremos a viver como filhos espirituais de Deus (vv. 7-9), a compartilhar da sua santidade (v. 10); e produziremos então o fruto da justiça (v. 11). (b) Podemos desprezar a disciplina de nosso Pai (v. 5), rebelar-nos contra Ele por causa do sofrimento e da adversidade, e daí cairmos em apostasia (3.12-14; 12.25). (5) Andando na vontade de Deus, podemos sofrer adversidades: (a) como resultado da nossa guerra espiritual contra Satanás (Ef 6.11-18); (b) como teste para fortalecer a nossa fé (1 Pe 1.6,7) e as nossas obras (Mt 7.24-47; 1 Co 3.13-15); ou (c) como parte da nossa preparação para consolarmos o próximo (2 Co 1.3-5) e para manifestar a vida de Cristo (2 Co 4.8-10,12,16). (6) Em todos os tipos de adversidades, devemos buscar a Deus, examinar a nossa vida (2 Cr 26.5; Sl 3.4; 9.12; 34.17) e abandonar tudo quanto é contrário a sua santidade (vv. 10,14; Sl 66.18 nota; 60.1-12 nota; ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS)
Rm 8.36 COMO OVELHAS PARA O MATADOURO. As adversidades alistadas pelo apóstolo nos versículos 35,36 têm sido experimentadas pelo povo de Deus através dos tempos (At 14.22; 2Co11.23-29; Hb 11.35-38). Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar (v. 35). Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e consolo de Deus (2 Co 1.4,5). Paulo nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo (vv. 37-39; cf. Mt 5.10-12; Fp 1.29).
2Co 1.8-10 ATÉ DA VIDA DESESPERAMOS. O crente fiel, vivendo em obediência e comunhão com Cristo e amado por Ele, ainda assim pode passar por experiências envolvendo perigo, medo, ansiedade, desespero e desesperança; circunstâncias estas que nos oprimem além da nossa capacidade humana de resistir. (1) Quando aflições severas ocorrem em nossa vida, não devemos pensar que Deus nos abandonou ou deixou de nos amar. Ao invés disso, devemos lembrar-nos de que essas mesmíssimas coisas aconteceram aos fiéis servos de Deus, nos tempos do NT. (2) Deus permite essas provações desalentadoras a fim de que Cristo se aproxime de nós e, à medida que olhamos para Ele com fé, leve-nos à vitória completa (2.14; 12.7-10; 13.4).
Tg 5.11 A PACIÊNCIA DE JÓ. A palavra traduzida por "paciência" (gr. hupomone) seria melhor interpretada por "perseverança" ou "resistência". É perseverar em meio a todas as provações, sem perder a fé em Deus. Essa paciência brota de uma fé que triunfa até ao fim entre sofrimentos (Jó 13.15). O fim das provações que o Senhor enviou a Jó, revela que, em todas as suas aflições, Deus cuidava dele e o sustentava na sua misericórdia. Tiago faz-nos saber que Deus tem cuidado de todo o seu povo e que, nos sofrimentos, Ele o susterá com amor e misericórdia (ver Jó 6.4 nota; 42.10 nota).
1Pe 5.7 ELE TEM CUIDADO DE VÓS. O cuidado que Deus tem com os problemas de cada um dos seus filhos é uma verdade enfatizada através da sua Palavra (ver Sl 27.10; 37.5; 40.17; 55.22; Mt 6.25-30; 10.29-31; 11.30; Fp 4.6 nota). Todos os nossos temores, cuidados e preocupações devem ser prontamente lançados sobre o Senhor (cf. Sl 55.22; Lc 12.11,12; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA)
2Co 4.7 ESSE TESOURO EM VASOS DE BARRO. O cristão é um "vaso de barro" que, às vezes, passa por tristezas, lágrimas, aflições, perplexidades, fraquezas e temores (cf. 1.4, 8,9; 7.5). Mas o cristão não é derrotado por causa do "tesouro" celestial que nele está. O cristianismo não é a eliminação da fraqueza, nem meramente a manifestação do poder divino através da fraqueza humana (12.9). Isto significa: (1) que em toda aflição podemos ser mais do que vencedores mediante o poder e o amor de Deus (Rm 8.37), e (2) que nossas fraquezas, aflições e sofrimentos, nos tornam totalmente receptivos à graça abundante de Cristo, e permitem que a sua vida seja manifesta em nossos corpos (vv. 8-11; cf. 12.7-10).

 

 

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